Olá
Hoje estou muito melancólica. Passei o fim de semana a pensar nos meus filhos, no que está comigo e no que perdi. Passou-me tanta coisa pela cabeça, ao mesmo tempo que fico triste pelo filho que perdi, depois penso, que não teria comigo o meu Tomás, que tanto amo. Que dualidade de sentimentos, que turbilhão que vai cá dentro.
A porcaria da depressão teima em não passar. Decidi parar com os medicamentos à 1 mês. Parva, sei que sou. Nem pareço psicóloga, fiz tudo ao contrário do que digo aos meus pacientes, como é possivel, estão a pensar, mas é. MEA CULPA.
Claro está, escusado será dizer, piorei. Piorei porque deixei de tomar a medicação, piorei porque me sinto sozinha, piorei por razões que nem quero falar.
Um dos melhores caminhos para se curar uma depressão é ter apoio, é ter quem nos entenda. À minha volta teimam em fazer de conta que não se apercebem, porque têm medo de me perguntar porque ando assim, têm medo da resposta, porque para todos já não faz sentido, já passou 1 ano e meio e todos se esqueceram que eu mudei por dentro. Que me tornei uma pessoa diferente, mais distante, mais triste, mais só.
Sinto falta de afecto, sinto falta de um carinho, sinto falta de poder falar sobre o que me incomoda. Sinto falta de partilhar momentos, os bons e os maus.
Neste momento é o meu Tomás que me faz sorrir, é o meu Tomás que me dá ânimo, é o meu Tomás a minha fonte de energia.
Está a chegar o Natal, e sinceramente nem sei o que sinto em relação a isso. O meu filho merece que eu esteja bem, meree viver o Natal, o seu primeiro Natal em harmonia e felicidade. Mas para mim é tão dificil. Nunca gostei do Natal, desde que me conheço. O ano passado foi horrivel, todos felizes e contentes e eu so pensava no filho que me arrancaram, no filho que estupidamente perdi. Este ano queria que fosse diferente. Vamos ver...